BALADA DO MANGUE (DE ALGUNS DIAS ATRÁS)
Acordei triste, com a boca seca pela ressaca e a consciência madrasta de estar a 18554 quilômetros de qualquer possibilidade de cafuné. Essas chinesas só me dão as costas. Não faço o menor sucesso aqui na Ásia. Será que é a barba?
Enquanto rolava na cama tentando adivinhar a cor do céu do lado de lá da cortina doirada, sem saber se eram oito da manhã ou seis da tarde -- era uma e meia -- entendi finalmente esse papo de que tempo e espaço são a mesma coisa. Estar a vinte mil quilômetros de um cafuné ou um ombro amigo equivale a estar há dois anos sem cafuné ou um ombro amigo. (Aliás, nunca entendi porque “a cem metros” não é “há cem metros”, uma vez que esses cem metros existem e deveriam ser precedidos pelo verbo haver).
Acordei, tomei um banho longo, escrevi que nem um louco, desci para a academia do hotel e corri (Scarlett Johansson teima em não aparecer), li umas coisas sobre a China, tomei o poderoso Kagome poli-vegetálico, fiz essas coisas todas que sei que me acalmam e me fazem bem, mas continuava triste. Resolvi sair para jantar. Afinal, era sábado à noite. Vi no Lonely Planet um lugar 24 horas de macarrão aqui perto, achei que era uma boa e fui.
Levei comigo o livro que o Vinícius escreveu pro Neruda, ganho de uma menina linda e desconhecida que apareceu do nada na minha vida, um belo dia, com esse livro na mão e um sorriso no rosto, dizendo, “oi, vim te conhecer”.
Cheguei numa espécie de Sujinho dos noodles, pedi uma Suntory (pinda! Pinda! Pinda! – gelada! Gelada! Gelada!) e, assim que ia abrir o livro, começou a tocar Simon and Garfunkel. Meus caros, quando você tá há vinte dias ouvindo só pop chinês, acordou meio triste a sente-se só, sob a luz fria de um boteco no meio da Ásia, Sound of silence é quase cafuné -- é, definitivamente, ombro amigo.
Chegou uma tijelona de macarrão de arroz com carne e legumes, quase uma canja de mãe numa gripe da infância, Vinícius começou a falar
Boa noite, Pablo Neruda. Neste instante
Ouvi cantar o primeiro pássaro da primavera
E pensei em ti. O primeiro pássaro da primavera
Cantou, parece incrível. Mas ainda existem pássaros
Que cantam em noites de primavera.
e então meu outono acabou, os pássaros cantaram e primavera se fez. E já que era primavera, que cantem todos os pássaros: ali no meu boteco, já com Vinícius, Neruda, Simon and Garfunkel e a canja primordial na mesa, começou a tocar Blackbird, dos Beatles. Quase chorei. (Ah, esses noodles, essa cerveja quente, botam a gente comovido como o diabo).
Ali, sozinho no bar, sozinho na Ásia, cazzo, pensei em Drummond.
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
(...)
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influemna vida,
no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
Ontem, fui dormir às seis e meia. Às dez da manhã tocou o telefone. Isso é um acontecimento, por aqui. Desde que cheguei, devo ter recebido uns seis telefonemas, no máximo. Nenhum deles quando estava dormindo. Acordei, atendi, aturdido, naquele lusco-fusco de inicialização do windows cerebral – Antonio, Xangai, sede, história de amor, táxi, hello, hello? -- e, do outro lado da linha, o cara da portaria me falou, com seu inglês péssimo; “your friend is waiting for you”. What? “Your friend is waiting for you in the second floor, in the breakfast”. Eu juntei todos os meus neurônios e dissemos: I don’t have any friend.
Caro leitor, veja só, eu não estava sendo melancólico, estava sendo pragmático, aquilo não era possível, não existia ninguém em Xangai que pudesse estar me esperando às dez da manhã de sábado “in the second floor, in the breakfast”. O cara da portaria fez como sempre fazem por aqui, quando empaca a comunicação, repetiu a oração: “your friend is waiting for you”. Eu pensava na noite de ontem, pensava em beber água, pensava que não queria, por Diós, estar tendo aquela conversa, eu sabia que aquilo era um engano, então um neurônio mais esperto me assobiou a frase: ok, tell my friend to call me and I’ll talk to him. Ele disse que sim, ia falar e pronto, nunca mais meu telefone tocou. Mas como eu ia dizendo – ou melhor, Drummond ia dizendo:
E nem precisava tanto.
Precisava de mulherque entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Pois é, como? Saí do meu Sujinho dos Noodles, levemente bêbado com uma garrafa de Suntory quente, mas num porre de lirismo danado (você nunca deve ler um livro inteiro de poesia, ganho de uma menina linda,ouvindo Beatles, se está passando por um momento de carência na China) e fui andando pelo bairro. Segundo o Lonely Planet, eu estava no epicentro da noite da cidade. Há (sic) dois quarteirões estava a Maoming road, cheia de bares. Minha idéia era sentar num deles, o mais calmo, e ler de novo o livro inteiro do Vinícius. Se fosse a três bares, leria três vezes. Se fosse a doze, doze. Que sabe, ao amanhecer, já teria escrito a minha história de amor?
Começou a bater um vento terrível, desses que batem em filme ruim antes da chegada do assassino. Bicicletas apoiadas nas paredes caíam, folhas e lixo voavam pela calçada. É engraçado, desde que cheguei aqui já choveu umas três vezes, mas eu sempre estranho. Na minha cabeça a China é seca, sempre seca.
Cheguei na tal rua e percebi porque o Lonely Planet dizia, já na primeira frase do capítulo “ drinking”, que a noite de Xangai muda tão rápido que não dá para confiar nas dicas de um ano atrás.
Entrei num ber onde uma banda de rock chinês tocava num palquinho. Olhei em volta e percebi a enrascada: três gringos, doze putas, uma banda e um garçom. De cara, uma cafetina me pegou pelo braço e me levou a uma mesa. Me ofereceu uma menina. Lembrei de uma leitora do blog, que se apresenta como Chatagirl, dizendo: “você tem que viver a lama de Xangai”. Eu disse a ela que estava ouvindo um CD com músicas de Xangai “numa pegada latina”. Ela disse que “isso era o caos, e do caos à lama há um longo percurso”. Muito afiada essa Chatagirl.
Pedi uma cerveja. A cafetina puxava papo e tentava iniciar um diálogo entre mim e a garota, que falava um inglês não muito melhor que o meu mandarim. A garota era bonita e pegava na minha mão com suas mãos calejadas. Eu queria dizer para as duas, olha só, eu estava lendo Vinícius falar sobre Neruda, sobre amizade, há mais distancia entre esse lirismo e uma prostituta chinesa do que entre o céu e a Terra ou qualquer outra comparação que possa ser feita por nossa vã filosofia. Mas só falei: thanks, not sex, just a beer.
Nunca vi uma prostituta mais triste. Ela não se vestia como puta, usava calça jeans e camiseta. Aquela fantasia de mini-saia e top e soutien aparecendo amenizam a sordidez da situação (ou talvez as fantasias que aquela fantasia nos suscita embacem um pouco nosso julgamento), mas ali era apenas uma garota pobre, sorrindo, tentando ser agradável, enquanto aquela cafetina malvada como madrasta de conto de fadas a empurrava de todas as maneiras para cima de mim, o gringo cheio de barba e dinheiro. Fiquei com pena da banda, também, coitados, animando xaveco de puta e gringo ali naquele palquinho. Virei a cerveja o mais rápido que pude e saí pra rua. O vento virou uma tempestade, eu saí correndo, putas me puxavam para dentro dos bares como polvos, estiquei a mão e saltei, encharcado – não mais de lirismo, mas de chuva ácida e cerveja quente – para dentro de um táxi.
Fui para casa triste, vendo a chuva molhar as calçadas de Xangai e com Vinícius me assoprando no ouvido os últimos versos da noite
Balada do mangue
Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetalais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobre de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Não sois Lœlia tenebrosa
Nem sois Vanda tricolor:
Sois frágeis, desmilingüidas
Dálias cortadas ao pé
Corolas descoloridas
Enclausuradas sem fé,
Ah, jovens putas das tardes
O que vos aconteceu
Para assim envenenardes
O pólen que Deus vos deu?
(...)
Enquanto rolava na cama tentando adivinhar a cor do céu do lado de lá da cortina doirada, sem saber se eram oito da manhã ou seis da tarde -- era uma e meia -- entendi finalmente esse papo de que tempo e espaço são a mesma coisa. Estar a vinte mil quilômetros de um cafuné ou um ombro amigo equivale a estar há dois anos sem cafuné ou um ombro amigo. (Aliás, nunca entendi porque “a cem metros” não é “há cem metros”, uma vez que esses cem metros existem e deveriam ser precedidos pelo verbo haver).
Acordei, tomei um banho longo, escrevi que nem um louco, desci para a academia do hotel e corri (Scarlett Johansson teima em não aparecer), li umas coisas sobre a China, tomei o poderoso Kagome poli-vegetálico, fiz essas coisas todas que sei que me acalmam e me fazem bem, mas continuava triste. Resolvi sair para jantar. Afinal, era sábado à noite. Vi no Lonely Planet um lugar 24 horas de macarrão aqui perto, achei que era uma boa e fui.
Levei comigo o livro que o Vinícius escreveu pro Neruda, ganho de uma menina linda e desconhecida que apareceu do nada na minha vida, um belo dia, com esse livro na mão e um sorriso no rosto, dizendo, “oi, vim te conhecer”.
Cheguei numa espécie de Sujinho dos noodles, pedi uma Suntory (pinda! Pinda! Pinda! – gelada! Gelada! Gelada!) e, assim que ia abrir o livro, começou a tocar Simon and Garfunkel. Meus caros, quando você tá há vinte dias ouvindo só pop chinês, acordou meio triste a sente-se só, sob a luz fria de um boteco no meio da Ásia, Sound of silence é quase cafuné -- é, definitivamente, ombro amigo.
Chegou uma tijelona de macarrão de arroz com carne e legumes, quase uma canja de mãe numa gripe da infância, Vinícius começou a falar
Boa noite, Pablo Neruda. Neste instante
Ouvi cantar o primeiro pássaro da primavera
E pensei em ti. O primeiro pássaro da primavera
Cantou, parece incrível. Mas ainda existem pássaros
Que cantam em noites de primavera.
e então meu outono acabou, os pássaros cantaram e primavera se fez. E já que era primavera, que cantem todos os pássaros: ali no meu boteco, já com Vinícius, Neruda, Simon and Garfunkel e a canja primordial na mesa, começou a tocar Blackbird, dos Beatles. Quase chorei. (Ah, esses noodles, essa cerveja quente, botam a gente comovido como o diabo).
Ali, sozinho no bar, sozinho na Ásia, cazzo, pensei em Drummond.
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
(...)
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influemna vida,
no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
Ontem, fui dormir às seis e meia. Às dez da manhã tocou o telefone. Isso é um acontecimento, por aqui. Desde que cheguei, devo ter recebido uns seis telefonemas, no máximo. Nenhum deles quando estava dormindo. Acordei, atendi, aturdido, naquele lusco-fusco de inicialização do windows cerebral – Antonio, Xangai, sede, história de amor, táxi, hello, hello? -- e, do outro lado da linha, o cara da portaria me falou, com seu inglês péssimo; “your friend is waiting for you”. What? “Your friend is waiting for you in the second floor, in the breakfast”. Eu juntei todos os meus neurônios e dissemos: I don’t have any friend.
Caro leitor, veja só, eu não estava sendo melancólico, estava sendo pragmático, aquilo não era possível, não existia ninguém em Xangai que pudesse estar me esperando às dez da manhã de sábado “in the second floor, in the breakfast”. O cara da portaria fez como sempre fazem por aqui, quando empaca a comunicação, repetiu a oração: “your friend is waiting for you”. Eu pensava na noite de ontem, pensava em beber água, pensava que não queria, por Diós, estar tendo aquela conversa, eu sabia que aquilo era um engano, então um neurônio mais esperto me assobiou a frase: ok, tell my friend to call me and I’ll talk to him. Ele disse que sim, ia falar e pronto, nunca mais meu telefone tocou. Mas como eu ia dizendo – ou melhor, Drummond ia dizendo:
E nem precisava tanto.
Precisava de mulherque entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Pois é, como? Saí do meu Sujinho dos Noodles, levemente bêbado com uma garrafa de Suntory quente, mas num porre de lirismo danado (você nunca deve ler um livro inteiro de poesia, ganho de uma menina linda,ouvindo Beatles, se está passando por um momento de carência na China) e fui andando pelo bairro. Segundo o Lonely Planet, eu estava no epicentro da noite da cidade. Há (sic) dois quarteirões estava a Maoming road, cheia de bares. Minha idéia era sentar num deles, o mais calmo, e ler de novo o livro inteiro do Vinícius. Se fosse a três bares, leria três vezes. Se fosse a doze, doze. Que sabe, ao amanhecer, já teria escrito a minha história de amor?
Começou a bater um vento terrível, desses que batem em filme ruim antes da chegada do assassino. Bicicletas apoiadas nas paredes caíam, folhas e lixo voavam pela calçada. É engraçado, desde que cheguei aqui já choveu umas três vezes, mas eu sempre estranho. Na minha cabeça a China é seca, sempre seca.
Cheguei na tal rua e percebi porque o Lonely Planet dizia, já na primeira frase do capítulo “ drinking”, que a noite de Xangai muda tão rápido que não dá para confiar nas dicas de um ano atrás.
Entrei num ber onde uma banda de rock chinês tocava num palquinho. Olhei em volta e percebi a enrascada: três gringos, doze putas, uma banda e um garçom. De cara, uma cafetina me pegou pelo braço e me levou a uma mesa. Me ofereceu uma menina. Lembrei de uma leitora do blog, que se apresenta como Chatagirl, dizendo: “você tem que viver a lama de Xangai”. Eu disse a ela que estava ouvindo um CD com músicas de Xangai “numa pegada latina”. Ela disse que “isso era o caos, e do caos à lama há um longo percurso”. Muito afiada essa Chatagirl.
Pedi uma cerveja. A cafetina puxava papo e tentava iniciar um diálogo entre mim e a garota, que falava um inglês não muito melhor que o meu mandarim. A garota era bonita e pegava na minha mão com suas mãos calejadas. Eu queria dizer para as duas, olha só, eu estava lendo Vinícius falar sobre Neruda, sobre amizade, há mais distancia entre esse lirismo e uma prostituta chinesa do que entre o céu e a Terra ou qualquer outra comparação que possa ser feita por nossa vã filosofia. Mas só falei: thanks, not sex, just a beer.
Nunca vi uma prostituta mais triste. Ela não se vestia como puta, usava calça jeans e camiseta. Aquela fantasia de mini-saia e top e soutien aparecendo amenizam a sordidez da situação (ou talvez as fantasias que aquela fantasia nos suscita embacem um pouco nosso julgamento), mas ali era apenas uma garota pobre, sorrindo, tentando ser agradável, enquanto aquela cafetina malvada como madrasta de conto de fadas a empurrava de todas as maneiras para cima de mim, o gringo cheio de barba e dinheiro. Fiquei com pena da banda, também, coitados, animando xaveco de puta e gringo ali naquele palquinho. Virei a cerveja o mais rápido que pude e saí pra rua. O vento virou uma tempestade, eu saí correndo, putas me puxavam para dentro dos bares como polvos, estiquei a mão e saltei, encharcado – não mais de lirismo, mas de chuva ácida e cerveja quente – para dentro de um táxi.
Fui para casa triste, vendo a chuva molhar as calçadas de Xangai e com Vinícius me assoprando no ouvido os últimos versos da noite
Balada do mangue
Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetalais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobre de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Não sois Lœlia tenebrosa
Nem sois Vanda tricolor:
Sois frágeis, desmilingüidas
Dálias cortadas ao pé
Corolas descoloridas
Enclausuradas sem fé,
Ah, jovens putas das tardes
O que vos aconteceu
Para assim envenenardes
O pólen que Deus vos deu?
(...)
5 Comments:
Antônio meu caro,
sabes que adoro tudo aqui. as fotos, as palavras...
ai ai.
só pra dizer isso mesmo.
beijo!
realmente impressiona um "blackbird" assim, caído de paraquedas na hora exata...
mto bom o texto!
parabens!
quer casar comigo???
sério daria certo...
ótimo texto, foi um dos meus preferidos, o das alucinações quase me mate de rir e esse me emocionou.Lindo, já tô ansiosa pelo romance
morri de rir dessa parte: "Essas chinesas só me dão as costas. Não faço o menor sucesso aqui na Ásia. Será que é a barba?".
mas confesso que não concordo com esse NA ÁSIA. deveria ter escrito NA CHINA :P
vem pro japão! aqui os gringos - de olhos azuis ou não - fazem o maior o sucesso! e as japonesas são mais bonitas que as chinesas(rs)!
a propósito, sou super fã do seu pai e tô virando sua fã também.
ah, também sou blogueira (^_^)v
http://japao100.abril.com.br/blog_meujapao/
amei o texto a poesia.
tudo muito raro...
oh,jovens putas ads tardes o vos aconteceu....
foi o melhor.
o que aconteu a elas para evenenardes o pólen me diz...
o que com essas mentes desventuradas de tudo que é real e torna-se glacial.
gaby
vi o seu blog nos favoritos de minha amiga.
mt bom mesmo.
se der passa no meu,não é bom como o seu e está em construção.
bye
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